Deus, mar e amar

Estou impressionada com tua beleza. Ou seria mais correto afirmar, de uma vez por todas, que estou apaixonada por ti.

Seu cuidado em pintar cada detalhe dessa paisagem para que eu pudesse ficar a olhá-la e admirá-la por horas, me fascina. Te imagino dizendo “vou fazer essa onda se quebrar exatamente próximo aos pés dela, para que possa refletir que até o mais bravio dos mares se prostra diante do meu querer”.

Que incrível! Colocastes o horizonte onde não posso tocar, mas posso ver claramente a separação entre céu e mar. Desenhastes as montanhas mais belas para ficar ao redor da praia, e me fizestes acreditar que mesmo assim, posso movê-las para qualquer lugar. Ordenastes ao vento para soprar nas águas, pensando em como nos divertiríamos, mas também impusestes limites para não tornar nossas brincadeiras perigosas demais.

É tudo muito perfeito. Escrevestes a canção mais linda e eu a posso escutar quando ouço o barulho do mar.

Ah, o mar! Cada onda dele me faz mais te amar. Noto que ele tem força suficiente para me afogar, mas tu com suas grandes mãos me elevam e me faz de novo respirar. Dizes ao mar “até aqui podes ir, dali pra frente não mais”, só para que eu possa caminhar em sua beira tranquilamente, sem vacilar. Se estou com medo, me lembras de que já andou sobre as águas, e me assegura que também podes me ensinar.

Sua existência me encanta, teu amor para comigo me enlouquece, e o mar foi o maior presente pra me fazer lembrar de ti!

— Jayane Condulo — sobre Deus, mar e amar.